quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Como quem espera o próximo metrô
Muito perto do vão da plataforma
Até hoje sinto um desequilíbrio
Por não ter teu corpo junto ao meu
(Ficou tão pouco tempo, e se foi!)

E me resto só eu, que fico
Sempre entre o cair no vão e
O esperar o próximo trem.
Não vejo em mim coragem nem vontade
Pra enfrentar um novo vagão,
Tampouco força pra sair dessa estação.

(Prometo que acaba aqui meu vômito
De saudade incontida.
Prometo me esforçar - como boa passageira dos meus anos -
Pra conter os próximos
Tanto quanto me esforcei
Pra conter os últimos tantos)

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